ENSINAR é tudo de bom!

Foi através das Aulas de Monitoria que ministrei este semestre na Faculdade que descobri em mim uma nova paixão: a de ENSINAR. Muitas pessoas falam coisas ruins a respeito de ser professor, mas eu particularmente discordo. Todos nós, em algum momento de nossas vidas, precisamos de um professor para semear dentro de nós a sementinha do CONHECIMENTO. É justamente por esse motivo que ninguém deve desmerecer o trabalho de um professor, pois ele participa ativamente da construção de uma sociedade melhor.

Vejo muitas pessoas querendo ser Professores Universitários hoje em dia, mas a hipocrisia é que ninguém se interessa em lecionar para as crianças e adolescentes das nossas escolas públicas. Já dizem os especialistas de educação: "Precisamos melhorar a qualidade da nossa BASE ESCOLAR." - Não é à toa que vejo muitos colegas meus, parceiros do Curso de Engenharia, penando para passar em Disciplinas de Cálculo, Física e Química. OK, alguns não tem a mínima vontade de estudar, porém outros se esforçam e realmente têm muita dificuldade para compreender o básico oferecido pela graduação por terem uma base ruim na escola. É nesse sentido que as aulas de Monitoria vêm auxiliar os alunos, retomando os conceitos da base escolar e auxiliando nos conteúdos do Curso de Graduação.

Nos últimos dias tenho vivido um "inferno astral": continuar no Curso de Engenharia de Computação ou fazer Licenciatura em Matemática? Fazer os dois ao mesmo tempo? Ou terminar a Engenharia e depois fazer as Disciplinas restantes no curso de Licenciatura? Pois é, optei pela última opção. Me parece mais adequado no momento, mas tenho certeza absoluta que se eu tivesse tido essa experiência de dar aulas antes de começar o Curso de Engenharia, teria feito vestibular para o Curso de Licenciatura em Matemática.

Não basta querer ser um bom professor, é preciso se dedicar muito, entender do assunto, ter paciência para explicar a mesma coisa várias vezes se necessário e principalmente: ter uma boa DIDÁTICA, a fim de conseguir transmitir conhecimento aos alunos. Mas aqui faço uma observação: isso não quer dizer que o professor tenha que saber TUDO. Eu como Monitora este semestre me peguei em diversas situações em que não sabia resolver algumas questões, e muitas vezes pedi auxílio para os meus professores ou estudei por conta a fim de conseguir ensinar. Gosto desse tipo de desafio, de ser autodidata e de ter esta independência nos estudos. Além do mais, quando você ensina algo para outra pessoa, você aprende EM DOBRO e nunca mais esquece. Se tiver dúvidas sobre isso, faça o teste e comprove!

Atualmente estou cursando o Curso de Engenharia e preciso buscar uma colocação no mercado de trabalho em um emprego na área, mas não descarto a hipótese de me tornar professora depois de me formar. Quero e vou fazer a minha tão sonhada Licenciatura em Matemática depois de me graduar (há aqueles amigos que me chamam de LOUCA por isso, hehehehe), também gostaria de fazer pós-graduação, mestrado e doutorado, contudo, antes de dar aulas em uma faculdade, gostaria de dedicar um dos meus turnos de trabalho para lecionar nas escolas do nosso Brasil. E esse pensamento vem de encontro com o último texto que eu postei recentemente sobre "Ganhar o Suficiente para Viver Bem e Ser Feliz". Não sou idealista, apenas ACREDITO NA EDUCAÇÃO. É através dela que nos tornamos pessoas melhores em tudo o que fazemos, é claro, juntamente com o nosso esforço e dedicação.

Já comecei outros Cursos de Graduação e tranquei, e posso dizer com toda a certeza do mundo que nunca me senti tão confortável passando o meu conhecimento para outras pessoas com relação a um assunto que eu tenho adoração. As vezes penso que após 26 anos de vida eu fui descobrir isso... Me sinto velha demais! Mas não vou desistir, preciso continuar indo sempre em frente. E esse é mais um dos meus SONHOS que estão "guardados no bolso", apenas esperando o momento certo de serem colocados em prática. Se Deus me der saúde e disposição ao longo de todos esses anos que eu ainda precisarei trilhar, acredito conseguir chegar lá.

Faculdade e Profissão: A Felicidade que tanto buscamos

Escolher uma profissão é uma tarefa nada fácil. É mais ou menos como eu li em uma matéria recentemente: "Os alunos saem do Ensino Médio sem saber o que querem fazer depois que terminarem seus estudos, e se sentem pressionados a escolher qualquer curso superior simplesmente para acalmarem a inquietação de seus pais." - Uma verdade absoluta, na minha opinião.

Quando somos jovens, sem experiências profissionais, não sabemos exatamente que atividade remunerada irá nos trazer prazer pessoal. É por esse motivo que tantas pessoas trocam de cursos com frequência, por acharem que "gostam" de uma coisa que na verdade não conhecem, e que quando conhecem veem que não combinam em nada com o seu estilo de vida.

Ah, se conselho fosse bom a gente não dava, VENDIA! Se eu tivesse dez anos a menos, teria feito um Curso Técnico ainda quando estava no Ensino Médio através do SENAI, só assim já sairia da escola com uma profissão. E mais: teria começado a trabalhar na área e só depois de uns dois anos teria pensado em começar a fazer um Curso de Graduação. Assim teria tido tempo suficiente para avaliar que área seguir - continuar na mesma ou partir para outra.

O interessante é que vamos mudando conforme ficamos mais velhos. O que não achávamos interessante antigamente passa a ser fascinante, e o que foi ótimo no passado hoje praticamente não possui valor algum. Sobretudo, toda a forma de CONHECIMENTO é válida: cada dia o mercado de trabalho busca profissionais mais dinâmicos e interligados com áreas diferenciadas, portanto não é necessário suprimir as experiências passadas.

A chave do sucesso de qualquer profissional é encontrar uma atividade remunerada que lhe proporcione realização pessoal. Não se pode estudar/trabalhar com algo que não se gosta, isso não faz bem a ninguém! Por esse motivo é importante avaliar se o caminho que estamos trilhando está nos trazendo felicidade de fato. Sei que aqui muitas pessoas podem pensar: "Mas não adianta fazer algo que se gosta e não ganhar muito dinheiro."

Não concordo com esta forma de pensar. Todos precisamos de dinheiro para sobreviver ou, seja, pagar as nossas contas e sobrar uma 'graninha' para a diversão. Entretanto, quem precisa de mais dinheiro do que isso? Para ostentar? É preferível ter um trabalho que ganhamos menos e não nos incomodamos do que ter que ir trabalhar todos os dias em um local onde já não suportamos mais. A essas alturas, a pessoa pode até desenvolver alguma doença psicossomática devido ao stress proporcionado por tal ambiente nocivo.

Tenho um exemplo bem próximo de mim que me mostra todos os dias como é bom fazer algo realmente gostamos: não existe reclamação sobre o trabalho, não tem importância trabalhar aos finais de semana, não tem importância receber menos que os empregos anteriores. Isso na verdade é uma conversa que precisamos ter com nós mesmos, deixando de lado todos os comentários e críticas que com certeza virão. O importante é lembrar que a qualquer momento da nossa vida é possível MUDAR. O ser humano tem a tendência de ter receio à mudanças, mas muitas vezes elas vêm acompanhadas de sossego e felicidade, os quais irão refletir não somente no trabalho, mas também em outras áreas da nossa vida.